terça-feira, 28 de outubro de 2008

...Eles andam aí...

...Tive recentemente um episódio que me pôs a pensar seriamente sobre os transtornos de personalidade a que ingenuamente chamamos "feitio"...uma pessoa contou-me entre lágrimas que descobriu que o marido era acompanhado em psiquiatria desde a adolescencia e que não era..bipolar...nem maníaco depressivo...não ..nem tão pouco esquizofrénico. O marido era psicopata. E aqui levantaram-se-me duas grandes questões...ambas dolorosas...uma de desconfiança das minhas capacidades para aferir situações potencialmente perigosas para a minha integridade física (eu conhecia a pessoa em questão, e é o típico betinho da Foz, super educado, eloquente e inteligente, detentor de titulo académico ...) a outra questão prende-se com a enorme decepção que alguns pais me provocam. Que pai e que mãe permitem que uma jovem forme uma família com estas pessoas, desconhecendo em absoluto este cenário? Que uma criança herde esta perturbação...que esteja inocentemente a ser alvo das consequências deste "desvio"?....
Temo que sofra do preconceito que toda estas pessoas com desvios de personalidade grave, são reservadas, esquivas.... arredias....mas porque nunca desconfiamos do charme e da inteligência? Porque raio não se activa o famoso 6º sentido...ou o arrepio no pescoço?
Será por isso que nunca desconfiaram do diabo Fritz que sequestrou a sua própria filha numa cave, submetendo-a a inimagináveis horrores...será por isso que nunca imaginaram que o Eng de Viana decapitaria a sua própria mãe? Ou será que as famílias têm mais medo da assunção , do estigma da própria doença, do que da "caixa de pandora" que um doente mental representa?....Isto pôs-me a pensar...da próxima vez que alguém simpático me abordar num qualquer parque de estacionamento, e seja escuro como breu, vai levar uma cabeçada...ai vai vai.

1 comentário:

Drikas disse...

Bolas! Que história... e agora quando vires o dito cujo, o que fazes?? Eu fugia a 7 pés..

Bjokinhas,